Você sabe o que significa código-fonte da urna, zerésima ou resumo digital (hash)?
Acesse o Glossário de expressões técnicas envolvendo o sistema de votação!

A Justiça Eleitoral lançou o Glossário de Tecnologia da Informação (Glossário de TI) para sanar dúvidas a respeito das expressões técnicas envolvendo o sistema eletrônico de votação. O Glossário dispõe textos curtos e explicativos acerca dos termos técnicos utilizados pela área de TI no cotidiano do processo eleitoral.
A novidade ajuda a entender, por exemplo, algumas expressões como: assinatura digital, código-fonte da urna, hash, zerésima, Teste Público de Segurança (TPS) do Sistema Eletrônico de Votação e Teste de Integridade da Urna Eletrônica.
O Glossário de TI traz 33 verbetes no total, entre eles: assinatura digital, barreiras de segurança, boletim de urna, código-fonte da urna, flash card, hacker, log de urna, malware, observadores eleitorais, QR Code, Teste de Integridade da urna eletrônica e zerésima.
Apresentamos, a seguir, a definição de alguns termos encontrados no Glossário.
Assinatura digital
A assinatura digital é uma tecnologia utilizada para autenticar de forma segura e íntegra os documentos eletrônicos. Para isso, utilizam-se as chaves criptográficas, ou seja, protocolos que impedem terceiros, ou pessoas não autorizadas, de reproduzirem a assinatura de outra pessoa ou do sistema. Na urna eletrônica, a assinatura digital é utilizada para proteger os dados de entrada (eleitores, candidatos, configuração da eleição, entre outros) e de saída da urna, como Boletim de Urna e Registro Digital de Voto (RDV), por exemplo.
Código-fonte da urna
O código-fonte da urna é o conjunto de linhas de programação de um software. O código-fonte fornece as instruções para que o software funcione. O profissional de TI, o programador, "escreve" o programa em certa linguagem de programação. Depois, ele precisa converter as linhas de programação em linguagem de máquina: a única que o computador é capaz de entender. Essa linguagem de máquina também é chamada de código executável.
Hashes
Os Hashes, ou resumos digitais, têm relação direta com a segurança do processo eleitoral e são gerados a cada eleição, na cerimônia de lacração dos sistemas, realizada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A chamada “conferência de hash” possibilita aos partidos políticos e ao Ministério Público verificar se os sistemas encontrados em qualquer urna do país correspondem à versão única e oficial dos sistemas lacrados no TSE. Esses resumos digitais são gerados na cerimônia de lacração dos sistemas eleitorais realizada no TSE, na presença de dos representantes das entidades fiscalizadoras. Os sistemas (fontes e executáveis) e os resumos digitais gerados na cerimônia pública são assinados digitalmente pelo presidente do TSE e pelas demais autoridades presentes. Depois disso, são gravados em mídia não regravável e assinados fisicamente por todos, para então serem lacrados e armazenados na sala-cofre do Tribunal. É proteção física e digital para garantir ainda mais legitimidade e segurança ao sistema eletrônico de votação.
Zerésima
A zerésima é o ponto de partida para começar a votação no dia de eleição. Funciona assim: antes de o primeiro eleitor se dirigir à urna eletrônica para votar em cada uma das seções eleitorais do país, o presidente da mesa deve ligar o equipamento e imprimir o relatório da zerésima, na presença dos mesários e dos fiscais de partido político. Esse documento contém a identificação da urna. Comprova que nela estão registrados todos os candidatos e que não há voto computado para nenhum deles. Ou seja, confirma que a urna tem “zero voto”. Após a impressão da zerésima, o presidente da seção eleitoral, os mesários e os fiscais dos partidos ou coligações que estiverem presentes devem assiná-la.
Teste de Integridade da Urna Eletrônica
O Teste de Integridade da Urna Eletrônica é um procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral com o objetivo de testar a segurança na captação e na contagem dos votos pela urna eletrônica. Após todas as urnas estarem preparadas, lacradas e prontas pra eleição, algumas delas são sorteadas na véspera da eleição e levadas até um ambiente controlado. Nesse ambiente, uma votação monitorada equivalente à votação oficial é realizada com o propósito de comprovar que o voto recebido/digitado é exatamente aquele que será contabilizado eletronicamente. Além de pública, essa votação é filmada para garantir que os votos computados correspondam exatamente ao resultado final apurado na urna.
Teste Público de Segurança (TPS) do Sistema Eletrônico de Votação
O Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação é um evento permanente no calendário eleitoral. Realizado preferencialmente no ano anterior às eleições, o teste faz parte da transparência institucional preconizada pela Justiça Eleitoral. Ele reúne especialistas em Tecnologia da Informação e Segurança da Informação das mais diversas organizações, instituições acadêmicas e órgãos públicos para realizar planos de ataque aos sistemas eleitorais envolvidos na geração de mídias, votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos, inclusive a urna eletrônica. Qualquer brasileiro acima de 18 anos pode candidatar-se a realizar planos de ataque às urnas eletrônicas e aos sistemas de apoio.
Acesse o Glossário e conheça mais sobre o sistema de votação.
Fonte: TSE
Audiodescrição: a imagem é uma ilustração com vários ícones em diferentes cores: azul, vermelho, verde, amarelo e roxo. Neles: balões de fala, foguetes, robôs, notas musicais, nuvens, cartas, lupa, cadeado, estrela e sinal de wi-fi. O ícone central, na cor azul, representa um computador que, por meio de retas e setas majoritariamente cinzas, conecta-se aos demais ícones.