I Fórum de Memória da Justiça Eleitoral em Sergipe destaca importância da preservação histórica
Evento celebra os 80 anos de reinstalação da Justiça Eleitoral e os 25 anos do CEMEL
24/11/2025 16:12
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Atualizado em 24/11/2025 16:16

Na manhã desta segunda-feira, 24, o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) realizou, na sede do Tribunal, o I Fórum de Memória da Justiça Eleitoral em Sergipe: História e Preservação.
O evento marcou a celebração dos 80 anos da reinstalação da Justiça Eleitoral no estado e os 25 anos do Centro de Memória Eleitoral de Sergipe (CEMEL), e teve como objetivo promover a reflexão e a valorização da memória institucional da Justiça Eleitoral.
O fórum foi realizado no formato de painel, com três palestras temáticas seguidas de debate. Também houve um espaço dedicado a debate e perguntas, seguido do encerramento oficial do evento.
Além dos palestrantes, a mesa de abertura contou com a presença do juiz membro do TRE-SE Cristiano Cabral, representando o presidente do TRE-SE, Diógenes Barreto; Ana Maria Rabelo de Carvalho Dantas, secretária judiciária do TRE-SE; Carmen Luiza Nascimento, presidente da Comissão Permanente de Gestão da Memória (CPGM); e Olavo Cavalcante Barros, coordenador de Gestão da Informação.
Segundo os organizadores, o conhecimento só se mantém vivo quando é compartilhado, e celebrar os 25 anos do CEMEL é reconhecer a importância de preservar a trajetória da Justiça Eleitoral no estado. Eles destacaram, também, que o Fórum nasceu com o objetivo de promover reflexão e diálogo sobre memória, gestão documental e preservação histórica.
O primeiro palestrante, Dr. Claudemiro Avelino, Juiz do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, ressaltou a importância de olhar para o passado para compreender o presente e planejar o futuro. Ele apresentou um panorama sobre a história da escrita no mundo e relacionou esse desenvolvimento às práticas do Judiciário. Claudemiro mencionou marcos como a Lei de Talião e a Lei das Doze Tábuas, destacando o valor dos registros escritos na organização da vida social e jurídica.
Em seguida, a Prof.ª Dra. Claudialyne da Silva Araújo - Professora adjunta no Departamento de Ciência da Informação da UFPB/DCI abordou o tema “Do papel à preservação digital: os arquivos na consolidação da memória eleitoral”. Ela explicou que a informação sempre existiu, mas precisa de suporte adequado para ser preservada. A professora destacou que a Arquivística moderna é uma área estratégica para a governança pública, essencial para garantir gestão de riscos, conformidade e eficiência em instituições do sistema de Justiça.
O terceiro palestrante, Yuri Holanda Cruz, Chefe da Seção de Memória e Biblioteca do TRE/CE, falou sobre a memória como elo entre o passado e o futuro. Ele apresentou um panorama histórico do período do Estado Novo ao processo de redemocratização. Yuri destacou que a reinstalação da Justiça Eleitoral ocorreu em 28 de maio de 1945, e que, em Sergipe, a sessão de reinstalação aconteceu em 12 de junho do mesmo ano. Ele informou aos participantes que a ata desta sessão está disponível no site do CEMEL, reforçando seu valor para a compreensão da história democrática do país.
Encerrando as apresentações, a Professora Dra. Valéria Bari, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), falou sobre o papel das bibliotecas na formação da cidadania a partir da preservação da memória. Ela destacou que a memória coletiva influencia diretamente a construção da identidade social e a garantia dos direitos humanos. Segundo ela, a preservação da memória não é algo neutro: “Tem memórias que são preservadas e memórias que são esquecidas. Isso não é acidental, é um movimento político e de poder. O século 21 chega com o desafio de proteger essa diversidade para garantir que todas as culturas sejam representadas.”
O evento reuniu servidoras e servidores da Justiça Eleitoral, juízas e juízes e promotoras e promotores eleitorais, profissionais e estudantes das áreas de Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia.
Audiodescrição: a imagem mostra um grupo de nove pessoas alinhadas lado a lado, sorrindo para a câmera em um plenário. Ao fundo, há uma tela projetada com o título “I Fórum de Memória da Justiça Eleitoral”. Todos estão vestidos formalmente, com trajes sociais. O ambiente é iluminado, com paredes de madeira e bandeiras ao fundo.
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