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Na segunda-feira (13), o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), por meio da Escola Judiciária Eleitoral de Sergipe (EJESE), recebeu a visita de alunas e alunos do Colégio Lavoisier.

Estudantes do 2º e 3º ano do Ensino Médio, com idades entre 16 e 17 anos, visitaram, pela primeira vez, as dependências do TRE-SE. A programação faz parte do projeto Jovem Eleitor, que incentiva a prática da cidadania por meio da apresentação da dinâmica do processo eleitoral, esclarecimento de dúvidas e fortalecimento do conhecimento sobre a história da Justiça Eleitoral brasileira.

Durante a palestra, ministrada na Escola Judiciária, as servidoras Lídia Matos (assessora da EJESE) e Cassia Polito (assistente da EJESE), de forma objetiva e com linguagem acessível, apresentaram questões relacionadas ao processo eleitoral, à importância do voto para a democracia e suas etapas, além de alertarem sobre o perigo das fake news.

As(os) estudantes estiveram acompanhadas(os) pela professora Raquel Santos Sousa e pela coordenadora do Ensino Médio, Ana Carolina Andrade, que avaliou positivamente a iniciativa do TRE-SE em proporcionar essa experiência aos futuros eleitores: “Essa é uma iniciativa valiosa do TRE-SE. Proporcionar aos nossos alunos a oportunidade de conhecer as etapas do processo eleitoral e as instalações do Tribunal contribui significativamente para a formação do conhecimento deles. Estamos, de fato, promovendo uma educação cidadã. Percebo que eles saem daqui mais conscientes sobre o papel da política e da democracia em suas vidas. Além disso, essa experiência ajuda a esclarecer conceitos e desfazer mitos, o que é fundamental no enfrentamento às fake news”, destacou.

O analista judiciário da EJESE, Elielson Souza Silva, falou sobre a representatividade no cenário político brasileiro. Segundo ele: “A política deveria ser um reflexo da sociedade, mas, infelizmente, ainda estamos longe de alcançar uma representatividade que traduza a diversidade do povo brasileiro. Precisamos incentivar os jovens a se reconhecerem como agentes de mudança, compreendendo que a participação política vai além do voto.”

Durante sua apresentação, Elielson também ressaltou o simbolismo da data em que a palestra foi realizada, 13 de maio, marco da abolição da escravidão no Brasil. Ao abordar o tema, ele provocou uma reflexão crítica entre os estudantes, incentivando-os a olhar além da assinatura da Lei Áurea: “É importante pensar no que veio depois da abolição. O que aconteceu com aquelas pessoas? Elas foram realmente libertas ou apenas deixadas à própria sorte? Tiveram acesso a direitos, empregos, moradia ou terra? Precisamos refletir sobre essas questões para compreender os efeitos duradouros da exclusão social no país”.

A coordenadora do Centro de Memória da Justiça Eleitoral (CEMEL), Carmen Luiza Nascimento, apresentou a evolução das eleições. As(os) jovens eleitores puderam observar documentos antigos, objetos e textos sobre a história das eleições e o desenvolvimento das urnas eletrônicas, aprofundando o conhecimento acerca da política brasileira e de seus processos de transformação.

Na Seção de Urnas, a chefe do setor, Monica Prado, explicou toda a logística envolvida nas eleições, desde o armazenamento das urnas eletrônicas e seu funcionamento até a distribuição nas seções eleitorais. Em seguida, foi realizada uma simulação de votação, permitindo que os estudantes manuseassem a urna eletrônica.

A estudante Júllia Karen, do 3º ano do Ensino Médio, compartilhou sua percepção sobre a importância do projeto Jovem Eleitor em sua formação cidadã e destacou: “Tivemos a oportunidade de conhecer melhor como funciona o processo eleitoral e a política no nosso país. Aprendi sobre meus direitos e deveres como cidadã. Só por meio do conhecimento da nossa história e da compreensão de todo o caminho percorrido até chegarmos a uma democracia considerada plena é que poderemos fazer escolhas mais conscientes no futuro, enquanto cidadãos.”

Audiodescrição: Foto, em ângulo aberto, mostra estudantes posicionados em frente ao plenário do TRE-SE.