De 1º a 5 de dezembro, o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) realizou a IVedição da Semana da Diversidade Religiosa. O evento reforça o compromisso institucional de promover o respeito, a pluralidade e o combate à intolerância religiosa. 

Com a programação ampla e inclusiva, houve palestras, exposições de produtos, explanações acerca de rituais correspondentes, apresentações culturais e celebrações religiosas, reunindo diversas matrizes espirituais no Espaço Cultural do TRE-SE e no Plenário do Tribunal.

A abertura da programação ocorreu no dia 1º de dezembro com palestra do pastor Rodrigo Pasquetti, da Igreja Verbo da Vida em Aracaju. Ele abordou elementos centrais da tradição neopentecostal e destacou o papel da Bíblia como referência espiritual, ressaltando a importância histórica e contemporânea do Livro Sagrado. O pastor também falou sobre a simbologia da mesa de oração, sobre a preservação da escrita bíblica ao longo dos séculos e sobre a compreensão evangélica no sentido de que as Escrituras representam um método infalível de fé. Nesse dia, também ocorreua apresentação musical ao violão e a exposição de livros e de bolsas artesanais produzidos pela ONG Fazer o Bem.

No dia 3, o líder espiritual Mustafah conduziu palestra e apresentou os produtos da exposição sobre o Islamismo. Durante a atividade, foram distribuídas tâmaras e livros religiosos: gesto tradicional de acolhimento e de hospitalidade no contexto islâmico.

No dia 4 de dezembro, o babalorixá Adriano Xavierapresentou aspectos culturais, religiosos e históricos do Candomblé, enfatizando a importância de reconhecer as tradições de matriz africana em relação à construção da identidade brasileira. Ele explicou a origem real do termo “macumba”, que se refere a uma árvore de tronco oco e ao instrumento musical associado a ela. Assim, desmistificou interpretações preconceituosas as quais relacionam o termo à feitiçaria. O palestrante discutiu a valorização da estética negra, o combate ao preconceito contra orixás e a importância da educação como ferramenta de transformação social, mencionando que, por muitos anos, viveu a divisão entre sua vida profissional e sua vida religiosa e que foi reconhecido como babalorixá apenas recentemente. Por fim,ocorreu a apresentação artística do projeto “Um quê de negritude”, realizada por estudantes do Centro de Excelência Atheneu Sergipense.

Hoje (5), no Plenário do Tribunal, houve a missa de congraçamento celebrada pelo padre Antônio da Cunha Santos, da Paróquia Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento. O diretor-geral do TRE-SE, Rubens Lisboa, leu um trecho do Livro de Isaías.Ao final da cerimônia, o sacerdote agradeceu ao diretor-geral pela confiança depositada, bem como ao desembargador Diógenes Barreto.

Na sequência, Rubens Lisboa, dirigindo-se aos presentes, compartilhou palavras de encorajamento e reconheceu o compromisso das(os) servidoras(es) em relação à instituição. Após a celebração, o público apreciou a exposição de renda irlandesa (moda produzida em Divina Pastora). A produção de renda é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil desde 2009 e dialoga com a herança histórica e artesanal do estado.

1/ Galeria de imagens

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Acesse a galeria de fotos por meio do link a seguir: https://drive.google.com/drive/folders/19xMOBjIc7wEAhHBQov3bfP_ZFVxdwRr3?usp=sharing.

IV edição da Semana da Diversidade Religiosa

A iniciativa integra as diretrizes da Resolução CNJ 440/2022, que institui a Política Nacional de Promoção à Liberdade Religiosa no Poder Judiciário, e se articula com os resultados da Pesquisa sobre Liberdade e Tolerância Religiosa, aplicada às servidoras e aos servidores do Tribunal, divulgada em maio de 2022. 

Ao promover diálogo, reflexão e reconhecimento em relação às diversas manifestações de fé, o TRE-SE reafirma o compromisso no sentido de construir, na instituição, um ambiente plural, acolhedor e pautado pela convivência harmoniosa entre as tradições religiosas. Na Semana da Diversidade Religiosa, convida-se a comunidade a dizer não à intolerância religiosa e a fortalecer a cultura de respeito mútuo e de convivência pacífica.