Na manhã desta quinta-feira (18), aconteceu, no plenário do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), a audiência pública para demonstrar a robustez dos procedimentos de segurança existentes no sistema eletrônico de votação. O presidente do Tribunal, Des. Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima, iniciou os trabalhos ressaltando que o TRE-SE foi o único órgão do Poder Judiciário a receber o prêmio de excelência em tecnologia de informática e governança. E prosseguiu, “o objetivo da presente Audiência é prestar esclarecimentos aos interessados acerca da lisura do processo de votação. Lamento profundamente que haja tantas fake news, que pessoas utilizem diariamente notícias falsas por falta de conhecimento técnico”.

Em seguida, o secretário de tecnologia da informação do Tribunal, José Carvalho Peixoto, explicou como se dá o processo eleitoral, desde seu planejamento até o pós eleição, em relação à urna eletrônica e ao voto. Mostrou como funcionam os mecanismos de segurança, a fiscalização e a auditoria de segurança, como se dão os processos de geração de mídias e de preparação das urnas. O secretário frisou que o software instalado na urna é único, ou seja, o mesmo em todas as urnas do Brasil.

Peixoto também afirmou que “mesmo que um hacker tente acessar a urna, não conseguiria, pois o sistema trava. Esse teste é feito abertamente numa audiência pública no TSE. Qualquer intervenção na urna eletrônica, depois que ela está lacrada fisicamente, resultará sem êxito porque tanto os arquivos binários quantos os outros arquivos são criptografados e assinados digitalmente. Caso haja alguma interceptação o sistema de segurança não aceita”.

Peixoto ainda informou que, depois das eleições, as urnas ficam lacradas até o dia 17 de janeiro de 2019, caso algum partido queira realizar auditoria. Na auditoria, é verificado o lacre da urna, o código hash, a emissão do boletim de urna, a emissão do registro digital do voto, a gravação de arquivo de LOG, a conferência da assinatura digital e votação com os dados do RDV.

Acompanharam o evento representantes de comunidades e associações, servidores do TRT, professores, advogados, profissionais de imprensa de diversos veículos de comunicação e outros interessados.

Após a explanação, os presentes fizeram perguntas, entre os quais o senhor Aragão, presidente da associação de moradores do bairro Bugio, com trinta e quatro mil habitantes. O líder comunitário parabenizou o TRE-SE pela agilidade e lisura na condução do pleito 2018. “Quero dar uma sugestão ao Tribunal, acho que seria interessante levar esse tipo de audiência até as comunidades, pois muitos não tem condições de vir”.

A professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de Sergipe, Jovanka Leal, relatou que compareceu à audiência pública motivada por uma série de rumores relacionados à possibilidade de fraude na urna eletrônica. “O TRE-SE abriu as portas para que possamos tirar nossas dúvidas sobre possíveis falhas. Infelizmente, existem os hackers e por isso há tanta desconfiança neste momento. Cabe a nós, eleitores, comprovar que o processo é limpo e transparente”.

Objetivando dar a maior publicidade possível aos seus atos, o TRE-SE disponibilizou, em vídeo, toda a apresentação ocorrida durante a Audiência Pública em seu canal no Youtube.